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Histórico

HISTÓRICO E CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROGRAMA
 
O Programa de Pós-Graduação em Química (PGQUIM) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi fundado por ato do Conselho Universitário, em sessão do dia 02 de maio de 1968, inicialmente como mestrado na área de concentração de Química Analítica. Desde então o curso tem funcionado de modo regular. O curso foi auxiliado, na fase da sua implantação, por recursos provenientes do Programa MEC-BID e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) através do “Programa de Reforço ao Ensino de Ciências Básicas na UFBA”. Em 1987, o curso foi ampliado com a criação das áreas de Físico-Química, Química Inorgânica e Orgânica.
 
Dentro das novas diretrizes estabelecidas pela CAPES para a Pós-Graduação, foi iniciado o Doutorado em Química, com área de concentração em Química Analítica, no primeiro semestre de 1992. O curso foi aprovado pela Câmara de Pós-Graduação e Pesquisa da UFBA em 20 de novembro de 1991 e recebeu o pré-credenciamento pela CAPES em outubro de 1993. Em 1998, o curso foi expandido com a criação de mais uma área de concentração (Química Orgânica). 
 
Na avaliação da CAPES, referente ao triênio 1998-2000, o curso foi promovido para o conceito 5 e na avaliação, 2004-2006, o Programa foi consolidado, de alto nível de desempenho, mantendo este conceito de excelência. Durante muitos anos, o Programa de Pós-Graduação em Química figurou como o único programa com curso de doutorado em química no Estado da Bahia, tendo papel fundamental na formação de pessoal altamente qualificado na área de química para a indústria, unidades de ensino médio e universidades da Região. Dessa forma, uma das características do Programa é que, dentre o corpo discente, destacam-se alunos com vínculo no Polo Petroquímico de Camaçari na Região Metropolitana de Salvador, professores dos ensinos médio e técnico, professores universitários da própria instituição bem como de outras universidades do Estado ou país, e Institutos Tecnológicos, além de pesquisadores de centros de pesquisa e agências reguladoras e de fiscalização (ANP e CRQ, por exemplo).
 
Esta diversidade do corpo discente, em conjunto com os alunos recém-graduados, comprova a finalidade do Programa em contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico do país, da região Nordeste e, particularmente, do Estado da Bahia. No cumprimento desses objetivos, o Programa atua em diferentes campos de Química, buscando uma integração com demandas da sociedade por meio do desenvolvimento de temas de pesquisas científicas atuais, visando oferecer soluções para as suas necessidades.
 
Deve-se inferir que, nas primeiras décadas de existência, especialmente nas décadas de 1980 e 1990, a integração do Programa com o parque industrial era intensa com vários estudantes atuando no Polo Petroquímico. Nesse período, existia um convênio do PGQUIM com o Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (COFIC, https://www.coficpolo.com.br), inclusive com aporte financeiro.  Apesar de, ainda hoje, o Programa acolher discentes com atuação na indústria, essa característica foi modificando. O PGQUIM tem contribuição relevante na formação de professores atuando no ensino médio, técnico, destacando-se os egressos com atuação em universidades do estado. Essa atuação tem forte impacto na sociedade na medida em que a atuação desses egressos tem ajudado na interiorização de cursos de graduação e pós-graduação em química no estado da Bahia. Para exemplificação desse impacto, pode-se citar como exemplo o Programa de Pós-Graduação em Química da Universidade Estadual do Sudoeste Bahia (UESB) em que dos 17 docentes que atuam no programa, 11 são egressos do doutorado do PGQUIM-UFBA. Essa atuação relevante do PGQUIM é refletida também em cursos de graduação em química e outros programas de pós-graduação de universidades na Bahia.
 
Desde a sua criação, o Programa apresentou um crescimento significativo, particularmente, após a sua ampliação com o curso de doutorado. Isto ocorreu com relação a diversos aspectos, como o aumento do corpo docente (pela instalação de novos grupos de pesquisa), consolidação dos grupos já atuantes, melhoria da infraestrutura de laboratórios e biblioteca, aumento, diversificação e qualificação da produção científica bem como redução do tempo de titulação. Nos últimos anos, pode ser observada, também, uma melhoria na capacitação do corpo docente pelo incentivo a realização de cursos de pós-doutoramento no exterior e pela melhor qualidade dos veículos de divulgação dos trabalhos, assim como pela maior participação dos discentes nas publicações. Todos os docentes credenciados atuam no ensino de graduação e pós-graduação e desenvolvem atividades de pesquisa e extensão.
 
O programa de Pós-graduação em Química da Universidade Federal da Bahia vinha seguidamente obtendo a nota 5 na avaliação trienal da CAPES. Todavia, na penúltima avaliação quadrienal o conceito CAPES foi diminuído (conceito 4). De maneira ampla, avalia-se que os impactos do incêndio que assolou o Instituto de Química da UFBA em 2009 tiveram impactos de longo prazo em vários laboratórios (https://g1.globo.com/bahia/noticia/2017/03/laboratorio-de-instituto-da-u...). Outro fator, dessa vez externo, que também pode ser considerado como relevante para a última avaliação quadrienal foi a Pandemia do COVID-19 em que resultou em laboratórios fechados ou parcialmente fechados entre 2020 e 2021.
 
Considerando esse cenário, tornou-se evidente que o Programa precisava atuar de maneira proativa para reverter a diminuição do conceito na avaliação da CAPES. Um primeiro ponto, que deve ser historiado, refere-se à renovação dos professores do Programa. Ato contínuo, em dezembro de 2020 novo recredenciamento foi efetivado, de modo a refletir a mudança do perfil do corpo docente, acomodando as aposentadorias e a entrada de novos docentes recém-contratados, de forma que o perfil para o quadriênio que se iniciava em 2021 se coadunasse cada vez mais com novos docentes. 
 
Entretanto, com a efetivação do Planejamento Estratégico (PE) do Programa, novas ações precisaram ser implementadas. Deve-se citar que o uso do PE, como ferramenta para definição de metas, objetivos e estratégias de ação do Programa, começou a ser implementado no quadriênio 2017-2020. Entretanto, o PE foi efetivamente implementado no Programa no quadriênio 2021. Nesse sentido, várias ações foram estabelecidas entre elas novas regras de credenciamento e recredenciamento. Nesses processos de credenciamento e recredenciamento, uma renovação relevante de discentes foi observada, sem afetar a qualidade do Programa, inclusive com adesão de professores de produtividade em pesquisa.
 
Com o advento do PE, implementado no quadriênio 2021-2024, várias atualizações foram feitas no programa para sua adequação juntamente com o perfil dos docentes e público-alvo. O processo de autoavaliação foi implementado de maneira sistemática juntamente com seminários anuais envolvendo o corpo acadêmico do Programa. A missão do Programa foi revisitada juntamente com sua visão, valores e objetivos, sempre em consonância como Plano de Desenvolvimento Institucional 2018-2022 da UFBA (https://proplan.ufba.br/sites/proplan.ufba.br/files/pdi-2018-2022.pdf), prorrogado pela reitoria até 2024 (https://proplan.ufba.br/sites/proplan.ufba.br/files/portaria_prorrogacao...). Outra atualização importante do PGQUIM que deve ser historiada é a diminuição e adequação das suas linhas de pesquisa.
 
Dessa forma, o PGQUIM chega em 2024, com 56 anos desde a sua criação, consolidando-se como um dos Programas mais tradicionais do país com 380 teses de doutorado defendidas e com a titulação de 550 mestres. 
 

 

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